Se você está se preparando para uma cirurgia plástica ou já passou pelo procedimento, é bem provável que tenha ouvido falar sobre a drenagem linfática. Mas afinal, ela é mesmo necessária? Quando começar? Quantas sessões são indicadas? E quem deve realizar esse cuidado tão importante?
Neste artigo, vamos responder às dúvidas mais frequentes sobre a drenagem linfática no pós-operatório e explicar por que ela vai muito além da estética — sendo uma aliada essencial na sua recuperação.
O que é a drenagem linfática?
A drenagem linfática é uma técnica manual (ou, em alguns casos, associada a tecnologias) que estimula o sistema linfático a eliminar o excesso de líquidos e toxinas acumulados nos tecidos. Após uma cirurgia, esse processo ajuda a controlar o inchaço, prevenir fibroses, melhorar a cicatrização e trazer mais conforto para o paciente.
Precisa fazer drenagem antes da cirurgia?
Em alguns casos, sim. A drenagem pré-operatória pode ajudar a preparar os tecidos, melhorar a circulação e favorecer uma recuperação mais tranquila. Mas isso depende da cirurgia, do histórico da paciente e da conduta da equipe. Sempre orientamos de forma individualizada.
Quando começar a drenagem no pós-operatório?
A drenagem normalmente começa entre o 2º e o 5º dia após a cirurgia, dependendo da evolução da paciente e do tipo de procedimento realizado. A ideia é respeitar o tempo do corpo, evitando manobras invasivas nos primeiros dias, quando o organismo ainda está muito sensível.
Quantas sessões são necessárias?
Não existe um número exato que sirva para todas. Em média, recomendamos entre 10 e 20 sessões, distribuídas ao longo das primeiras semanas de recuperação. Algumas pacientes se beneficiam de sessões mais espaçadas ao longo de 2 ou 3 meses, especialmente após cirurgias maiores como abdominoplastia ou mommy makeover.
O importante é acompanhar a evolução do inchaço, da sensibilidade, da cicatrização e ajustar o protocolo conforme cada caso.
Quem deve fazer a drenagem?
A drenagem linfática no pós-operatório deve ser realizada por fisioterapeutas especializados em reabilitação cirúrgica. Isso garante segurança, conhecimento técnico e a possibilidade de adaptar os cuidados ao seu tipo de cirurgia e à fase da recuperação.
A drenagem não é apenas uma massagem: quando mal feita, pode prejudicar a cicatrização, aumentar o risco de seroma ou até deformar o contorno corporal.
É só drenagem? O que mais é feito nessas sessões?
Não! A drenagem é só uma parte do que chamamos de terapia pós-operatória completa. Além da técnica de drenagem manual, o fisioterapeuta pode incluir:
- Manobras de liberação de fibroses e aderências
- Uso de taping (bandagens elásticas) para modelar e auxiliar na drenagem
- Mobilizações leves, que ajudam na circulação e reduzem a rigidez
- Orientações de postura, respiração e autocuidado
- E em alguns casos, uso de tecnologias complementares (ultrassom, radiofrequência, etc.)
Em resumo:
- A drenagem linfática ajuda a reduzir o inchaço, prevenir complicações e acelerar a recuperação após a cirurgia.
- Deve ser feita por fisioterapeutas especializados, com técnicas suaves e adequadas a cada fase.
- O número de sessões é individual, mas geralmente varia de 10 a 20.
- A drenagem não é só massagem: ela faz parte de um cuidado global, que inclui tape, manobras específicas e acompanhamento cuidadoso da evolução da paciente.
@casal20daplastica